bê com a, bá

Com as mudanças curriculares da educação no Brasil, ano que vem Júlia já vai entrar no ensino fundamental. O que importa disso é que, com uma filha de cinco anos, estou em pleno processo de alfabetização.

Eu não tenho muitas lembranças da minha própria alfabetização, mas acho que foi diferente do que acontece hoje. Pela reunião que a gente foi há umas semanas, existem alguns estágios pelos quais a criança passa - ou não. Pré-silábico, silábico e alfabético (não sou educadora hein, pessoal. tô contando o que eu aprendi lá na escola da minha filha, então se não for exatamente a verdade, mal aê).

Pré-silábico é quando você fala pra criança escrever "BO-LA" e ela escreve "JFSOIUSBCIBISYBCIW" ou "AAABBBBDDDDKKKKKSSSSSSS". Era onde júlia tava há algumas semanas. Ela sabe algumas letras e sabe que tem que se expressar através delas, mas não tem muita noção de, bem, de porra nenhuma.

Depois vem a fase silábica, quando a criança percebe que a menor unidade da escrita é a letra, e a da fala, a sílaba. Então você pede pra ela escrever "BO-LA", ela conta duas sílabas e escreve "KJ" ou "SL" ou ainda, se ela já estiver atribuindo valores sonoros, "OA" (porque claro que as vogais são muito mais marcantes e fáceis do que consoantes).

É por aí que Júlia tá agora. Aí outro dia eu pedi pra ela escrever CA-MI-SE-TA, e ela escreveu "KIZA" (entenderam, né? pelo som, CA=K e SE=Z).

Ou seja, fudeu. MIGUXÊS. Aos 5 anos. +_+