domingo, 19 de agosto de 2007

propaganda de graça e eu ainda sou cliente dessa porra

o motivo poderia ser ruim. eu podia estar sem grana, eu podia ter que trabalhar um trabalho maledeto, eu podia estar doente. não é, nem de longe, e, pô, que massa, mas é verdade que eu tô um pouquinho melancólica de perder o tim festival.

não é que eu acho que tenha nada imperdível. é mais uma melancolia nostálgica por todo o envolvimento que eu já tive com esse festival. não fui tão assídua quanto alguém que sempre morou no rio ou em são paulo, é claro. mas quem me acompanha sabe que faz parte do cotidiano anual. e que é sempre uma festa.

o primeiro foi em 2000. fui atrás do sonic youth, e logo dobrado, aqui e no rio. não era a primeira vez que eu cruzava milhares de quilômetros pra ver um show, isso eu já tinha feito pelo U2. choquei vocês? não né, todo mundo sabe desse passado negro.

claro que não me arrependo de ter ido no show do U2, mas os do sonic youth bateram forte, como o começo de alguma coisa mesmo. no rio consegui até mesmo ir numa coletiva, e tirar fotos, toda fã. que eu nem era tanto, mas eventualmente vim a ser. era a turnê do nyc ghosts and flowers, mas eles foram tão bacanas e tocaram tantos hits e eu morri de amores pelo lee ranaldo e pelo filho dele de três anos de idade que varreu o chão da marina da glória com uma camiseta-mirim do sonic youth que tinha o desenho de um sheepdog.

depois disso, um hiato. nos anos seguintes sempre rolou uma gravidez, um menino pequeno, um emprego roubada.

só voltei a frequentar (já treinando pra parar de usar trema, se é que essa palavra ainda tinha) em 2004 mesmo. que era só a desculpa, todo mundo sabe que eu só vim pra são paulo pra começar "in the action" um namoro que na teoria já tava rolando há um tempão. não que tenha sido ruim, né, mas eu só vi mesmo o kraftwerk, e tive que ir embora chorando no show da PJ pra fazer aquela prova idiota que eu nunca nem devia ter me inscrito em.

no ano seguinte, the ultimate. já é monotema, nunca vai existir um ano como 2005. quem me viu sabe o estado em que fiquei no show do strokes. que tava entalado, eita show que eu queria ver fazia tanto tempo. teve lule, teve a drew barrymore, foi o pacote completo.

e ainda crer que no outro dia tinha o arcade fire e o wilco? não, sério, se me contassem, eu num acreditava. benicassim, coachella, glastonbury, talvez. mas no ridijanêro? gente, eu fui tão feliz. mas tão. só num vou dizer que foi o momento plus, porque teve o flaming lips um mês depois, mas esse já é outro merchandising (on, rolou do you realize agorinha no last.fm).

o ano passado num gostei muito. aí todo mundo fala, mas teve o beastie boys, né. teve. e foi do caralho. mas eu trocava, ó. não sou fã de ninguém, mas a mulherada bjork + chan marshall + feist + juliette, eu queria. não ia ser assim, corte meus pulsos agora. mas queria.

não vai dar, né. mas, como diria renato russo, tudo bem, tudo bem, tudo bem.

tudo massa.

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